sábado, 16 de janeiro de 2010

SIMPLESMENTE... Escrevi...




Sempre gostei de ler. Sempre gostei de escrever...
É muito mais fácil que falar !
E gosto especialmente dos livros que falam de amor, dos mais variados tipos de amor...
O amor-amizade, o amor-ternura, o amor-carinho…
É sempre o mais difícil: transcrever no papel um sentimento bonito…
A raiva, o ódio e o rancor torna-se mais simples...
O amor, o sofrimento é bem mais complicado transcrever para o papel…
Gosto especialmente dos livros que leio e que me fazem pensar. Talvez porque nos livros, como nos filmes, se saiba sempre o outro lado da moeda...
Na vida real não é assim…
Sabemos o nosso lado, dificilmente chega-se a um momento em que as pessoas sentam-se e conversam, que nos expliquem o lado que nós não conhecemos…
Era fácil se pudéssemos viajar dentro dos outros, para saber, para sentir, para pensar…
Restam-nos as palavras, sempre as palavras.
Valem nada e mesmo assim são o melhor que temos.
Eu já acreditei nos olhares, hoje não…
Os olhos podem mentir. Nós vimos nos olhos o que queremos ver.
Diz-me o que vêm os teus olhos, foi sempre o que precisei…
Há silêncios que não se entendem, que nem o olhar consegue explicar.
Mas hoje, porque a alma está leve, porque finalmente entendi, porque consegui pôr em palavras sem sentido e confusas…
para quem ouviu o que sinto e consegui escrever…
Fiz mais do que algum dia senti -me capaz: rasguei conscientemente o coração escrevendo, e não falando…
Expus os sentimentos guardados em mim, e mesmo sendo uma etapa que sempre me amedrontou, por achar que não falando o tempo apagava e a vida seguia, por pensar que o outro devia saber o que sentia…
Chorei…
Porque me senti Feliz.

Eu

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

EU...



Sou pessoa de dentro para fora.
A minha beleza está na minha essência e no meu carácter.
Acredito em sonhos, não em utopia.
Mas quando sonho, sonho “alto”...
Estou aqui é para viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.

Perco-me, procuro-me e acho-me.
E quando necessário, enlouqueço e deixo andar...
Não me dou pela metade, não sou meio amiga nem quase isso, ou aquilo.
Ou sou tudo ou não sou nada.
Não suporto meio termo.
Ingénua, mas não santa.
Sou pessoa de riso fácil... e choro também...
Sou os livros que li, os momentos que passei, eu sou os brinquedos que brinquei, e os amigos que conquistei.
Sou o amor que dei, e os amores que tenho, as viagens que fiz, e tudo mais que vivi.
Uma mulher incomum...
Sou a Luz…
Exótica e comum.
Sou oscilante.
Às vezes erro, outras vezes sou incrível!
Eterna inconstante...
Amo infinitamente!
Eu não sou perfeita... nem dona da verdade… mas sou dona de mim, dona das minhas vontades…
Escrevo o que minha alma grita...
Goste quem gostar.
Sou transparente.
Sou verdadeira.
Eu não sei amar pouco, ser pouco... dar pouco... ser mulher pouco.
Sou uma mulher que se conhece e se permite!
Alguém que ousa e arrisca...
Alguém que crê em suas próprias verdades, e orgulho-me a cada manhã de ser quem sou!
Esta sou eu.

sábado, 17 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

LOUCURA


Para tornar a realidade suportável.

Todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras

O que é escrever?

No fundo é estruturar o delírio, e tem graça porque quando se trata o delírio o que aparece sempre é uma depressão ...

No fundo o que é enlouquecer?

É sair de uma determinada norma, não é?

É preciso muita coragem para ser realmente louco...

Tudo isto é fruto da sociedade em que vivemos, que se mostra tão exigente que nos faz dar tanto de nós próprios para que não sejamos arrastados pelo fracasso...

Tornamo-nos egoístas, fazendo-nos esquecer que existe alguém bem perto de nós que precisa da nossa ajuda e às vezes é preciso tão pouco para fazer alguém feliz...
Nanda

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MÃOS

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.

Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar.

Com mãos se lavra.

Não são de pedras estas casas mas de mãos.

E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas.

Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.

Ninguém pode vencer estas espadas:nas tuas mãos começa a liberdade.


"Manuel Alegre"